07 janeiro, 2014

it's been two years since i let you go

With you, intimacy colours my voice. Even ‘hello’ sounds like ‘come here’.

 

Vive dentro de mim. Faz casa dentro das costelas rasgadas em que respiro em tragos de ar cortados pela tua respiração. És os sorrisos no meio dos beijos que te deito nos lábios enquanto nos rimos de piadas privadas - "estou-me a rir de felicidade". As conversas que escapam por entre desabafos que se passeiam solitários pela sala, olhar nos olhos e ver mares com profundidade suficiente para me afogar e saber que não o farei; confio em ti como sempre confiei até agora. Crescem-me flores no peito e rego-as com cuidado. Tantos erros do passado, tanto gelo por derreter, tantas cicatrizes abertas e sangue a escorrer pelas mãos. Perfume. Perfume nas minhas roupas que não é meu, mas se calhar um dia será. Respirar levemente. Com calma.  Para que tudo dê certo. Cruza os dedos comigo. Dá-me a mão. Eu já nem escrever consigo. As palavras queimam-me o peito. Porque raios tenho borboletas na barriga? Necessitar da tua presença todos os dias; habituas-me mal. Passos de bebé. Para que consigamos chegar longe. Quero-te comigo. Chorei já pelo que fiz; por quem me magoou e por quem magoei. Por dar e receber amor que nem amor era, e por despejar sentimentos como se de nada de tratasse. Tratei-me tão mal. Tratei tão mal o meu coração. Preencher falhas com mais falhas. Martelar até rachar. Agora não martelo, não tenho desejos de mandar abaixo muralha nenhuma. Não sei mais escrever. Mas que interessa, sei sentir. Não consigo escrever o que sinto. Que desgraça. Que prazer. Por favor, fica.

1 comentário:

  1. Mais um blog fantástico, muito, muito bom. Obrigada por todas estas palavras, conta comigo para mais visitas a este teu cantinho!

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